Entre o Social e o Capital: nós Empresários! • ACIC Cianorte

Entre o Social e o Capital: nós Empresários!

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Por: João Carlos Testa*

Em meio a crise político/econômica que o Brasil está atravessando é pertinente que nós como empresários façamos algumas reflexões: como um país que vive um ambiente capitalista pode exigir um Estado socialista?

Não temos dúvidas em afirmar que o povo brasileiro é capitalista, ou seja, a maioria quer trocar seu trabalho por capital, vendo valorizada sua dedicação profissional com o aumento de receitas em favor de si próprio. O trabalhador empreendedor, inclua-se aqui nós empresários, que visamos gerar emprego e obter renda pelo resultado de nossas atividades, não trabalha 2 ou 3 horas a mais no seu dia, para repartir sua renda extra com seu vizinho que trabalhou só o tempo obrigatório, ou que muitas vezes não trabalhou. Neste nosso cenário capitalista vivemos a meritocracia: se eu mereço, minha renda, meu patrimônio, devem aumentar. Mas entre o desejo capitalista da existência dessa simples relação de ‘quanto mais eu trabalho mais eu conquisto independência financeira’, existe a burocracia do Estado, que por meio de leis e impostos, cobrados em mais de 38% do nosso P.I.B, sangra quem trabalha, quem assume riscos e gera empregos. Os altos impostos limitam a liberdade de negociação tanto de quem vende, quanto de quem paga pelo trabalho.

O governo, entrega muito pouco por tudo que pagamos, a saber: saúde, educação, segurança, infraestrutura entre outras. A todo momento criam-se obstáculos para quem produz riquezas em todas as suas esferas, criam-se leis e burocracia, que recaem na maioria das vezes no sistema produtivo, no qual está inserida a classe empresarial, que arca com a maior parte do capital necessário (por meio da altíssimos juros e taxas bancárias etc…) para sustentar a condução socialista governamental; não bastasse isso, ainda existem pelo meio do caminho os desvios do ‘dinheiro público’, que na verdade acaba virando ‘dinheiro privado’, por corrupção.

Os empresários, pessoas físicas, profissionais liberais, dentre outros, também não estão satisfeitas com impostos de forma geral, com os descontos em suas folhas de pagamento e outros; porque a carga tributária sobre produtos é em média de 50%, isso é muito para qualquer indivíduo ou atividade de negócios. Muitos se esquecem de que para que exista o auxílio socialista do Governo, precisa existir a ação capitalista do empresário e do trabalhador. Nós empresários temos a consciência tranquila quanto ao cumprimento de nosso dever de entregar riquezas para o Brasil. Querendo ou não os que discursam contra, no final das contas, na ponta do lápis, entre o social e o capital, estamos nós empresários capitalistas. É a classe empresarial que gera emprego, que gera renda, que corre riscos e provoca mudança, que é obrigada a sustentar a política econômica desse país, esteja ela correta ou errada; e é essa mesma classe empresarial que não recebe ao menos, um muito obrigado!

*João Carlos Testa é Engenheiro Agrônomo, Gerente e Sócio da Celeiro Agrícola e Presidente da ACIC Cianorte.

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